terça-feira, 24 de maio de 2011

Depoimento da Professora Amanda Gurgel - Em audiência pública sobre Educação



PARALISAÇÃO NACIONAL no dia 31/05/2011


O vídeo da Profª. Amanda Gurgel promoveu uma discussão nacional sobre as condições da aprendizagem no Brasil.
Através das redes sociais, convidamos todos os professores e a sociedade civil para PARALISAÇÃO NACIONAL no dia 31/05/2011.
O intuito da PARALISAÇÃO é convidar as esferas governamentais para discussão acerca das condições de trabalho do professor, como a qualidade do ensino público e particular no Brasil. Assim, durante uma semana, mobilizações em diversos locais do Brasil estarão acontecendo.

"Nunca duvide de que um pequeno grupo de pessoas conscientes e engajadas consiga mudar o mundo. Na verdade, sempre foram elas que mudaram." (Margaret Mead)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O que nós vamos fazer com o nosso lixo?

Em busca de soluções para reduzir o impacto ambiental do lixo urbano







 Divulgação/Ciclus Ambiental
        
        Inaugurado recentemente, o aterro de Seropédica promete ser
    solução para lixo que antes era enviado para o aterro de Gramacho
O debate sobre o que fazer com as quantidades cada vez maiores de lixo produzidas no País tem ganhado destaque tanto na agenda política quanto na elaboração de políticas públicas no Brasil. Ano passado, o governo federal sancionou a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS – Lei 12.305 de 2 de agosto 2010), que dispõe, entre outras coisas, que até 2014, todos os municípios brasileiros deem destino adequado a tudo aquilo que puder ser reaproveitado por algum processo de recuperação, reutilização ou reciclagem do lixo. Entretanto, para a pesquisadora e professora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Adriana Schueler, há um trabalho enorme a ser feito para que a meta federal seja alcançada em tão pouco tempo. Depois do pós-doutorado realizado no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), concluído com apoio da FAPERJ, Adriana atualmente pesquisa, com apoio do Programa de Auxílio à Instalação (INST), da Fundação, a utilização de indicadores de sustentabilidade ambiental tanto no fechamento quanto na criação de aterros sanitários.

A pesquisadora da UFRRJ explica que, no Brasil, metade do total de resíduos sólidos urbanos gerados é despejado de forma inadequada em vazadouros a céu aberto popularmente conhecidos como ‘lixões’, em áreas alagadas, aterros controlados e locais não fixos. "Em muitos casos, o produto da decomposição do lixo é drenado diretamente para rios próximos do aterro, o que causa danos ambientais e afeta a saúde das populações de seu entorno", completa. Ela ainda destaca a questão das desigualdades econômicas da sociedade brasileira como fator gerador de diferenças de consumo. "O que é resíduo para uns pode ser objeto de consumo para outros. Certamente, se trabalharmos de forma mais organizada, a reutilização de produtos será mais intensa e com melhores resultados", destaca.
Entre as melhores e mais modernas técnicas a serem utilizadas na reciclagem do lixo, Adriana destaca o reuso dos rejeitos da construção civil e de sua utilização na própria construção e da transformação do lixo em energia. "Os resíduos da construção civil frequentemente são descartados de maneira inadequada. Só recentemente têm sido implementados procedimentos de reciclagem de resíduos da construção industrial em centros de reciclagem de resíduos de maiores dimensões", afirma. "No município de Cantagalo, na região serrana fluminense, pude participar de um trabalho junto com a equipe de pesquisadores do Grupo de Estudo em Tratamento de Resíduos Sólidos (GETRES), da Coppe/UFRJ. A  empresa cimenteira Lafarge vem empregando, a partir da pesquisa, resíduos urbanos sólidos como fonte energética para a produção de cimento", completa.

Divulgação/Inspector Engenharia 
     
  A transformação do lixo em energia, já utilizada nos países
ricos, seria uma das alternativas para dar destino aos resíduos
A pesquisadora da UFRRJ afirma que até o momento, em todo o Brasil, apenas o estado de São Paulo tem um sistema organizado de avaliação de tratamento e locais de disposição de resíduos. "Os outros estados usam avaliações subjetivas, nem sempre confiáveis. Assim, alguns lixões acabam sendo avaliados como aterros controlados, de acordo com a conveniência", destaca a pesquisadora. Ela acrescenta que a maior parte dos locais destinados ao recolhimento e tratamento do lixo em todo o País são aterros controlados, que muitas vezes não passam de versões melhoradas dos antigos lixões – enormes terrenos baldios onde o lixo era jogado a céu aberto sem tratamento adequado –, com algumas iniciativas de gestão dos resíduos. "O problema é que um aterro controlado, aparentemente em bom estado, pode transformar-se em lixão rapidamente, caso haja falhas gerenciais", alerta.


Adriana explica que a PNRS aponta para que os aterros sirvam apenas para receber o rejeito dos resíduos, ou seja, aquilo que não serviu a nenhum outro tipo de tratamento. "A ideia é que todos os resíduos passem por uma das várias outras formas de tratamento, como reciclagem, compostagem, fermentação anaeróbia, tratamento térmico e recuperação energética", explica. Para ela, as baixas taxas de reciclagem e a falta de incentivo organizado e objetivo por parte dos governos também são pontos que contribuem para a falta de uma destinação adequada ao lixo urbano sólido no Brasil. A pesquisadora acrescenta que o apoio governamental ocorre apenas na fase de separação, por meio do incentivo dado às cooperativas de catadores de lixo. "Mas esse é apenas o estágio inicial. Para que a reciclagem ocorra, será necessária a implantação de um sistema industrial organizado, como já ocorre no caso do alumínio, do plástico e do papel", adverte.
Estado do Rio irá quintuplicar número de aterros sanitários Especialista em saneamento ambiental, coordenador do GETRES e ex-orientador do projeto de pós- doutorado de Adriana Schueler na Coppe/UFRJ, Cláudio Fernando Mahler destaca que, nos últimos oito anos, o estado do Rio tem obtido ganhos na busca de uma destinação adequada ao lixo. "Até 2002, o estado estava muito mal nesta área, quando então recebemos nosso primeiro aterro verdadeiramente sanitário: O Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense", recorda Mahler. No dia 20 de abril foi inaugurado mais um local nestas condições: o CTR Santa Rosa, no município de Seropédica, que será operado pela mesma empresa que opera o aterro de Nova Iguaçu. Pode-se dizer que isso é uma garantia de qualidade. O local foi construído como uma alternativa ao fechamento do Aterro de Gramacho, em Duque de Caxias – espaço para onde anteriormente eram destinadas as cerca de nove mil toneladas de lixo produzidas por dia somente nas cidades do Rio de Janeiro e de Duque de Caxias. "Em breve, deveremos aumentar esse número  com a construção dos três aterros sanitários que já estão quase concluídos nos municípios de Barra Mansa, Itaboraí e São Gonçalo", complementa.
O pesquisador Cláudio Mahler também destaca a necessidade de um debate mais franco entre as universidades e as empresas que administram os aterros sanitários. Para ele, quando um aterro sanitário é instalado numa região, a população do seu entorno ganha um problema. "Cabe às prefeituras locais, às universidades e instituições de pesquisa sentarem, conversarem e verem os benefícios que possam adquirir. Há espaço para negociação, de maneira que todos ganhem algo, e não somente a administradora destes espaços", defende Mahler. "Afinal, a sociedade toda produz lixo. Por que somente um pequeno grupo tem que administrar esses resíduos e lucrar com isso, em detrimento da maioria da população?", conclui.

Retirado de: http://www.faperj.br/boletim_interna.phtml?obj_id=7159

Ciências para Formação dos Professores

Já está ativo o blog de Ciências Físicas da Natureza para o Curso de Formação de Professores.

O endereço é: cfnnormal.blogspot.com

Entrem e participem!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Porque o leite sempre derrama quando tiramos os olhos da panela?

Leite fervido, leite derramado, fogão alagado!! Saiba o que está por trás do “fenômeno leite derramado” e aprenda como evitá-lo.


O que acontece


O calor reduz a solubilidade dos gases e por isso observa-se   a formação de bolhas com  espuma. Essas  bolhas tendem a ir para a superfície e estourar, mas o leite contém algumas substâncias que dificultam esse processo, como a proteína caseína que as estabiliza no leite aquecido. 
Acima de 80°C,  aparece  também a nata, película que se forma na superfície do líquido e dificulta a saída das bolhas. Quando a nata é  removida, as bolhas se desfazem com mais facilidade e não atingem o topo da panela, ou seja, o leite não derrama.

Adicionar vinagre pode evitar a  formação de espuma no leite aquecido. Esse ácido desnatura proteínas responsáveis pela estabilização das bolhas e  formação da nata ao romper ligações químicas e alterar propriedades físicas. No processo denominado talhamento ou coalhamento do leite, por exemplo, a acidez faz com que a solubilidade das proteínas em água diminua, fazendo que elas se separem da fase aquosa (soro).


segunda-feira, 2 de maio de 2011

Inscrições abertas para Pré-Vestibular do CEDERJ

Inscrições abertas para Pré-Vestibular do CEDERJ

O curso é gratuito e as aulas ocorrerão aos sábados em 46 polos e terão início em 11 de junho com término previsto no dia 16 de dezembro de 2011, incluindo as disciplinas de Língua Portuguesa, Redação, Matemática, Física, Química, Biologia, Geografia, História e Inglês.
Em 3 polos as aulas acontecerão 2 vezes por semana à tarde e em 1, duas vezes por semana, à noite.
Dois livros de cada disciplina serão entregues gratuitamente ao longo do curso.
Os alunos contarão também com o serviço de Tutoria a Distância (atendimento 0800) de segunda a sexta das 9 às 21 h. Em 3 polos as aulas acontecerão 2 vezes por semana à tarde.

As inscrições são gratuitas e realizadas pela Internet com a entrega de documentos, no período de 2 a 16 de maio de 2011.
Os documentos poderão ser entregues nos polos ou enviados pelos Correios até o dia 17.5.2011

Cederj oferece 5 mil vagas para graduação a distância

As Universidades Públicas a distância do Rio de Janeiro estão com inscrições abertas até 21 de maio para o Vestibular Cederj. As seis principais universidades públicas do Estado (UENF, UERJ, UFF, UFRJ, UFRRJ e UNIRIO), que fazem parte do Consórcio Cederj, estão oferecendo 4.985 vagas para 10 cursos de graduação a distância na modalidade semipresencial. São eles: Administração, Administração Pública, Tecnologia em Sistemas de Computação e os cursos de Licenciaturas em: Ciências Biológicas, Física, Matemática, Pedagogia, Química, História e Turismo.

A exata conta do atraso do Brasil ...

 O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) calculou que, se a econômia crescer mais de 5% ao ano em média nesta década (que é o que todos esperam), haverá uma falta crônica de engenheiros no mercado. E já dá para sentir efeitos de escassez hoje mesmo. Agora um engenheiro põe o pé para fora da faculdade ganhando R$ 4 500, em média - o dobro do que era em 2006. Nas áreas em que a demanda mais subiu, como a da extração de petróleo e gás, contracheques de R$ 30 mil são comuns.

Seria o bastante para atrair praticamente toda a força de trabalho do país. Mas ingleses são ingleses. E engenheiros são engenheiros. Leva mais de uma década entre faculdade e experiência de trabalho para formar um dos bons. Hoje saem 32 mil por ano das universidades. Segundo a Steer, uma consultoria de recursos humanos, só a indústria automobilística e a do petróleo vão absorver 34 mil anuais. Mas o déficit para valer é maior. Nem todos os formandos saem prontos para ocupar os postos que se abrem na indústria. E o jeito para as empresas acaba sendo importar engenheiros. Até o final do ano, serão mais de 5 mil profissionais vindos de outros países. O dobro do que em 2008. Mas só as grandes empresas têm bala para dar a casa, a comida e o salário que um engenheiro importado demanda. As pequenas e médias terminam com o mesmo problema dos mestres-de-obras. "Falta engenheiro."

O problema da escassez desse tipo de profissional começa na escola. A tradição brasileira é de dar pouca importância às matérias de exatas. E o resultado é um desinteresse massivo por elas. Hoje, mais da metade das 402 disciplinas universitárias estão ligadas a engenharia e a outras áreas de exatas. Mas só 1 em cada 5 alunos do ensino superior está cursando alguma delas. Existem mais estudantes de música (5,6 mil) que de engenharia mecatrônica (4,5 mil). Jornalismo goleia engenharia civil por 178 mil a 50 mil. Psicologia 117 mil x 41 mil engenharia elétrica. Resultado: o Brasil tem hoje 6 engenheiros para cada 1 000 trabalhadores. Os EUA, 25.

Quem paga o preço dessa escolha é a economia: sem cabeça de obra nas áreas vitais para o crescimento, ela fica a perigo. E agora? Quem pode tirar o país dessa? Os "pedreiros". A base da pirâmide. Até outro dia, quem não tinha como ser sustentado pelos pais dificilmente ia para a universidade. Era colegial e acabou. Depois, só batente. Claro. Não havia muita opção. Era ou entrar em uma faculdade que cobrava mais do que a maioria podia sonhar em pagar ou prestar vestibular para uma faculdade pública e perder a vaga para qualquer bem-nascido.

Só que hoje as classes mais baixas não são mais tão baixas. O crescimento do país aumentou a renda delas. Você sabe, pela primeira vez, a classe média forma mais da metade da população - agora ela é uma classe média de fato, inclusive; antes, estar na média era ser pobre. Nisso, fazer um curso superior deixou de ser exclusividade de quem cresceu tomando leite A. As faculdades privadas com mensalidades mais baratas lotaram. E cresceram: em 2000, havia 1 004 faculdades privadas no país. Hoje são 2 016. O valor médio das mensalidades também desabou: de R$ 860 em 1996 para R$ 467 no ano passado.

O mais importante: esses novos universitários não têm um perfil exatamente... universitário. Dois terços dos estudantes da classe C (com renda familiar de R$ 2 mil a R$ 5 mil) têm entre 26 e 45 anos. É gente que trabalha desde sempre e escolhe o que vai estudar com um olho no mercado de trabalho e o outro também. Nisso a preferência tende a ser por cursos onde faltam profissionais, justamente os mais técnicos. Enquanto as classes A e B tendem mais para humanas, a C quer exatas.

Claro que essa mistura de oportunidades reais com uma nova classe média a fim de pagar caro por elas é um terreno fértil. Fértil para faculdades mequetrefes. Cabe, então, ao governo garantir uma educação que preste - tirando da jogada as instituições que só fingem que ensinam. Porque fingir que o país vai continuar crescendo de um jeito ou de outro não vai dar.